terça-feira, 9 de outubro de 2007

"Amor Líquido"

Como foi mencionado na última aula teórica o livro "Amor Líquido" de Zigmunt Bauman, achei interessanate perceber em que sentido se relaciona com esta Unidade Curricular de Tecnologias da Educação. Ao pesquisar apercebi-me que "Amor líquido ", fala sobre a fragilidade dos laços humanos e mostra-nos que hoje estamos mais bem aparelhados para disfarçar um medo antigo. A sociedade neoliberal, pós-moderna, líquida, para usar o adjetivo escolhido pelo autor, e perfeitamente ajustado para definir a actualidade, teme o que em qualquer período da trajetória humana sempre foi vivido como uma ameaça: o desejo e o amor por outra pessoa.

Mundo que ele identifica como líquido, em que as relações se estabelecem com extraordinária fluidez, que se movem e escorrem sem muitos obstáculos. Daí a popularidade dos pontos de encontros virtuais, muitos são mais visitados que os bares para solteiros, locais físicos e concretos, onde o olho no olho é o início de um possível encontro. Crescem as redes de interatividade mundiais onde a intimidade pode sempre escapar do risco de um comprometimento, porque nada impede o desligar-se. Para desconectar-se basta pressionar uma tecla; sem constrangimentos, sem lamúrias, e sem prejuízos. Num mundo instantâneo, é preciso estar sempre pronto para outra. A tecnologia da comunicação proporciona uma quantidade inesgotável de troca de mensagens entre os cidadãos, propiciando relações virtuais. Zygmunt Bauman explica que hoje “a proximidade não exige mais a contigüidade física; e a contigüidade física não determina mais a proximidade”.

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